sábado, 3 de setembro de 2011

GNR


É em 1981 que a banda da cidade do Porto edita o seu o seu primeiro registo em vinil, então intitulado “Portugal na CEE”, seguido de “Sê um GNR”. A crítica rende-se rapidamente ao trabalho da banda, pois compreende que de facto é possível a existência de uma banda pop rock coerente e inteligente, capaz de elevar-se à qualidade do que se produz no estrangeiro. Prova disso são os memoráveis concertos nos antigos estádios de Alvalade e das Antas, cerca de uma década depois, que contam com a presença de mais de 75.000 fãs. Vêm sem dúvida constatar que o grupo consolidou uma carreira que atravessou todas as estações da música moderna portuguesa dos últimos vinte anos e saiu incólume.
Numa era em que a música estrangeira veio invadir o mercado nacional de forma massiva, os GNR, de forma muito perspicaz, vieram contradizer esta tendência. Nos dias de hoje o trio Reininho, Machado e Romão – que são actualmente o pilar central do grupo – ainda se mantém verdadeiramente fiel na valorização da língua e cultura portuguesas.
Uma geração começa finalmente a reencontrar-se e vários são os temas que se destacam de imediato. Basta recordar “Dunas”, do álbum Os Homens Não Se Querem Bonitos – “Efectivamente”, do quarto disco Psicopátria – “Ana Lee”, “Sub-16”, “Sangue Oculto” ou “Pronúncia do Norte” – do álbum Rock in Rio Douro, de 1992. Foram, e ainda são, temas que rapidamente conquistaram as playlist das mais diversas rádios nacionais.
Os vários trabalhos dos GNR caminham, inevitavelmente, para um sucesso estrondoso. A recompensa merecida por um trabalho árduo e persistente traduz-se em cinco Discos de Platina: um com In Vivo e quatro (160 mil álbuns vendidos) com Rock in Rio Douro.
A primeira de três compilações lançadas – Tudo o Que Você Queria Ouvir, em 1996 (seguida de Câmara Lenta, em 2002, e de ContinuAcção, em 2006) – agrupa os temas de maior êxito da banda, sendo apenas possível em CD duplo.
Em 2011 lançam o CD Voos Domésticos.


Nenhum comentário:

Postar um comentário